Antes de iniciar o diálogo sobre a relação das organizações com o meio em que vivem, precisamos entender o que significa um "sistema".
Sistema é um conjunto de
partes ou elementos que formam um todo organizado. O sistema é um conjunto de unidades reciprocamente
relacionadas.
Desta organização decorrem dois conceitos: o de propósito (ou objetivo) e
o de globalismo (ou totalidade). Esses dois conceitos retratam duas
características básicas do sistema.
a) Propósito ou Objetivo: as unidades ou elementos, definem
um arranjo que visa sempre um objetivo a ser alcançado;
b) Globalismo ou Totalidade: todo sistema tem
uma natureza orgânica, pela qual uma ação que produza mudança em uma das
unidades do sistema, deverá produzir mudanças em todas as suas outras unidades.
Os sistemas podem ainda ser classificados quanto a sua constituição e quanto a sua natureza.
a) Quanto a sua constituição, os sistemas podem ser físicos ou
abstratos:
- Sistemas físicos (concretos): São equipamentos, máquinas, objetos, coisas reais, ou seja, “hardware”.
- Sistemas abstratos (conceituais): São os planos, as ideias, as hipóteses, são chamadas de “software”.
b) Quanto sua natureza, os sistemas
podem ser fechados ou abertos:
- Sistemas fechados: Não recebem influência do ambiente e não influenciam o ambiente.
- Sistemas abertos: Trocam matéria e energia regularmente com o meio ambiente. São adaptativos, isto é, para sobreviver devem reajustar-se constantemente às condições do meio.
As partes que compõem um sistemas são:
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foto: infonauta.com.br |
Entradas ou insumo (input): é a força ou impulso de
arranque ou de partida do sistema que fornece o material ou a informação para a
operação do sistema.
Saída ou resultado (output): é a consequência para a
qual se reuniram elementos e relações do sistema.
Processamento ou transformador (trhoughput): é o
fenômeno que produz mudanças, é o mecanismo de conversão das entradas em
saídas.
Retroação ou retroalimentação: é a função de sistema
que compara a saída com um critério ou padrão previamente estabelecido.
Ambiente: é o meio que envolve externamente o sistema.
O sistema e o ambiente encontram-se inter-relacionados e interdependentes.
Agora que já temos uma noção do que é um sistema e como se apresentam suas características, vamos entrar no diálogo sobre as organizações e o meio ambiente.
A organização é um sistema criado pelo homem e mantém uma
dinâmica interação com o meio ambiente, sejam clientes, fornecedores,
concorrentes, entidades sindicais, órgãos governamentais e outros agentes
externos. É um sistema integrado por diversas partes ou unidades relacionadas
entre si, que trabalham em harmonia umas com as outras, com a finalidade de
influenciar o meio externo e por ele ser influenciado.
Essa relação entre organização e meio possui algumas particularidades:
Comportamento probabilístico e não determinístico: as
organizações são sistemas abertos, são afetadas por mudanças em suas variáveis
externas desconhecidas e incontroláveis em seu comportamento.
As organizações como partes de uma sociedade maior
e constituída de partes menores: as organizações são vistas como
sistemas dentro de sistemas.
Interdependência das Partes: a organização é um sistema
social com partes independentes, mas inter-relacionadas.
Homeostase ou “Estado Firme”: a organização alcança um
estado firme – ou seja, um estado de equilíbrio quando satisfaz dois
requisitos: a unidirecionalidade e o progresso.
Fronteiras ou Limites: é a linha que demarca e define o
que está dentro e o que está fora do sistema ou subsistema. Essas fronteiras
não existem fisicamente.
Morfogenese: o sistema organizacional tem a capacidade
de modificar a si próprio e a sua estrutura básica.
Resiliência: é a capacidade de superar o distúrbio
imposto por um fenômeno externo.
Se tiver alguma dúvida ou quiser compartilhar algo com a gente, pode escrever para nosso e-mail admedialogos@gmail.com.
Até o próximo diálogo!