1 de maio de 2020

O 1º de Maio (e o de 2020)?

A data que "comemoramos" todos os anos nasceu em 1884, quando sindicatos, nos Estados Unidos, juntaram forças para lutar pela redução de carga horária de trabalho de até 17 horas por dia. Em 1º de maio de 1886, o movimento teve adesão de 340 mil trabalhadores de todo o país.

Escolheram este dia, pois, na época, era o início do ano contábil, data em que muitos contratos eram encerrados e os trabalhadores iniciavam uma nova busca por empregos.

Depois de muitas lutas e mortes de militantes de trabalhadores, em 1890, o Congresso norte-americano aprovou a redução de jornada de trabalho para 8 horas diárias.

No Brasil, o presidente Artur Bernardes, em 1925 declarou o dia como feriado. O movimento  teve influências do anarquismo e do comunismo, marcado por ações de luta. Mas foi gradativamente dissolvido pelo "trabalhismo" de Getúlio Vargas, que mudou a sua cara e passou a homenagear o trabalhador.

Por outro lado, houve a criação da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) em 1º de maio de 1943.

No Brasil de 2020, "comemoramos" o 1º de maio após 3 anos da Reforma Trabalhista, que prometeu melhorar a empregabilidade. Mas a realidade dos trabalhadores e trabalhadoras é ainda de luta, como no século passado. Pouca coisa mudou. Ainda é a realidade da maioria, um ambiente de exploração.

Hoje, como agravante, temos uma crise sanitária e de saúde pública que obriga muitos a continuar trabalhando, pois a vida da população depende deles. Mas não é o caso de todos: alguns colocam suas vidas em risco porque seu patrão não quer "deixar de ganhar".

Se você é um pequeno dono de meios de produção: resista!

Se você é dono de um médio/grande negócio que emprega: respeite seu empregado!

Se você é empregado: se respeite!

Feliz dia de luta por melhores dias para mim, para você e para todos e todas!

Que nenhum trabalhador e nenhuma trabalhadora sofra pela fome, frio ou violência.