No diálogo de hoje seguimos falando sobre o Manifesto Ágil e seus 12 princípios. Se você não sabe o que é, leia este nosso outro artigo, que explicamos pra você.
Os princípios do Manifesto Ágil são:
PRINCÍPIO 1: valor
“A
maior prioridade está em satisfazer o cliente por meio da entrega adiantada e
contínua de software de valor.”
O
principal objetivo das equipes ágeis não é entregar um produto final, segundo
determinados requisitos, mas entregar valor para o cliente. Ou seja, entregar
uma solução que traga os melhores resultados.
Na
prática, isso implica na priorização da felicidade do cliente, de sua
satisfação. E essa nova forma de ver representou uma quebra de paradigma para o
setor, pois passou a ser mais importante desenvolver um crescimento orgânico do
software.
Trocando
em miúdos, o desenvolvimento passou a ser incremental, a partir das
necessidades observadas do dia a dia, não mais apenas do briefing inicial. Esse
princípio lembra a máxima do marketing: entender para atender.
PRINCÍPIO 2: flexibilidade
Processos
ágeis se adéquam a mudanças, para que o cliente possa tirar vantagens
competitivas, aceitando alterações de requisitos mesmo no fim do
desenvolvimento.
Perceba como os princípios estão interligados. Quando o primeiro princípio abre
espaço para a satisfação do cliente, ele já abarca o segundo, que é ter um
projeto flexível e passível de alterações.
Em um
mercado cada vez mais competitivo e complexo, é preciso desenvolver projetos de
maneira flexível, para que possam sofrer alterações de acordo com o contexto em
que a empresa está inserida e com suas necessidades, que podem mudar durante o
desenvolvimento.
Isso
é, para satisfazer plenamente ao cliente, é necessário que o gestor do projeto
tenha em mente que, se for necessário, ele terá que fazer alterações,
inclusões, exclusões etc.
Mas
essa flexibilidade somente será aplicável se o projeto tiver uma frequência de
entrega, como veremos a seguir.
PRINCÍPIO 3: frequência
“Entregar
o software em funcionamento com frequência, seja na escala de semanas ou meses,
dando preferência a períodos mais curtos.”
Novamente,
há o entrecruzamento, para que o projeto seja flexível e tenha como prioridade
a satisfação do cliente — na prática, ele deverá ser entregue por partes. Cada
etapa estará sujeita a validação e, por consequência, o produto final terá
maior valor para o cliente.
PRINCÍPIO 4: união
“Tanto
pessoas relacionadas a negócios como desenvolvedores devem trabalhar em
conjunto, diariamente, durante todo o curso do projeto”.
O
envolvimento da gestão da empresa é fundamental para que os projetos sejam
desenvolvidos de acordo com as expectativas do cliente. Essa colaboração é o
que permite personalizar a solução e validá-la a cada Sprint[1]
concluída.
Não é
à toa que um dos papéis mais importante de um time ágil é do Product Owner, profissional responsável
por ser um representante do cliente durante todo o processo de
desenvolvimento.
PRINCÍPIO 5: motivação
“Para
construir projetos ao redor de indivíduos motivados, é preciso dar a eles o
ambiente e o suporte necessários, confiando que farão seu trabalho”.
É
fundamental que a equipe do projeto esteja motivada a desempenhar seu papel e
tenha um ambiente adequado para desenvolver suas atividades, com suporte tanto
na orientação das atividades quanto na adequação das metodologias ágeis.
Ainda,
é importante que os gestores do projeto tenham em mente que as ações para que
esse princípio seja posto em prática são de duas frentes, igualmente
importantes: manter a equipe motivada e subsidiar a equipe com o suporte
necessário.
PRINCÍPIO 6: comunicação
“O
método mais eficiente de transmitir informações tanto externas como internas
para um time de desenvolvimento é por meio de uma conversa cara a cara.”
Se
você voltar às demandas que iniciaram o surgimento do manifesto, perceberá que
a burocratização era um desses pontos. Entretanto, é preciso ter em mente que o
manifesto não quis excluir todas as formas de comunicação, mas sim otimizá-las.
Isso
é, identificou-se que era preciso cortar o exagero de documentação que
engessava e atrasava o processo.
Enfim,
reuniões de planejamento de Sprint
são fundamentais, sim, e fazem parte dos princípios do manifesto. Afinal, o
registro de atividades não é tão eficaz quanto uma reunião da equipe do projeto
para alinhar objetivos, trocar conhecimentos e planejar as próximas ações.
PRINCÍPIO 7: funcionalidade
“Um
software funcional é a medida primária de progresso”
A
evolução de um projeto desenvolvido a partir de métodos ágeis é estimado pela
entrega de um software funcional e não pela conclusão de atividades.
Agora,
resgate os primeiros princípios apresentados neste artigo: viu como a
funcionalidade é o resultado para a união dos três primeiros, valor,
flexibilidade e frequência?
Assim,
no ato do fazer — no caso desenvolver softwares — os princípios se imbricam. E
isso ocorre porque o manifesto é fruto da observação do ato de fazer e da
escolha das suas melhores maneiras.
PRINCÍPIO 8: sustentabilidade
“Processos
ágeis promovem um ambiente sustentável, com patrocinadores, desenvolvedores e
usuários sendo capazes de manter passos constantes.”
Deve-se
construir o ambiente ideal para o desenvolvimento de projetos, com planejamento
por iterações e envolvimento de todos os afetados pelo trabalho. Esse processo
deve ser contínuo, e todos devem estar disponíveis para acompanhá-lo e dar o
devido suporte.
O
mais importante nesse tópico é se atentar para construir algo com os recursos
atuais, sem esgotá-los e multiplicando-os para usos futuros.
PRINCÍPIO 9: revisão
“A
contínua atenção à excelência técnica e ao bom design aumenta a agilidade.”
A
revisão constante dos requisitos técnicos como também do design permitem a
entrega de uma solução realmente alinhada aos objetivos de negócio do cliente,
dispensando grandes mudanças no momento da entrega final.
PRINCÍPIO 10: simplicidade
“Simplicidade
é a arte de maximizar a quantidade de trabalho que não precisou ser feito”.
Menos
é mais! Como os métodos ágeis dispensam boa parte de registros e outros
documentos que comprometem o tempo da equipe, o trabalho se torna mais simples
de ser executado. Sendo, portanto, concluído em menos tempo.
PRINCÍPIO 11: organização
“As
melhores arquiteturas, os requisitos e os designs emergem de times auto
organizáveis”.
Times
ágeis são compostos por profissionais com a capacidade de se organizarem por si
mesmos. Ou seja, de dividirem as tarefas e responsabilidades entre eles, sem
que um gerente de projetos tenha que interferir.
PRINCÍPIO 12: autoavaliação
“Em
intervalos regulares, o time reflete em como ficar mais efetivo, então, se
ajustam e otimizam seu comportamento de acordo.”
Na
prática, esse princípio consiste na revisão do trabalho realizada que, ao final
de cada sprint, permite que a própria
equipe avalie sua performance e descubra formas mais interessantes de trabalhar
e agilizar todo o processo.
Seria importante conhecer também nosso artigo sobre os 4 valores do Manifesto Ágil, clicando aqui.
Conteúdo Adaptado do site: www.projectbuilder.com.br
[1] Time Box dentro do qual um conjunto de atividades deve ser executado
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