Nosso convidado de hoje para o “Aprendendo com Especialistas” é Paulo Costa, especialista em áudio-visual e craque em se reinventar.
Nosso diálogo de hoje foi sobre o processo de criação do projeto Radiola no Mercado e da Rádio Circuito Radiola.
Adm & Diálogos: Conta pra gente quem é Paulo Costa e
suas áreas de atuação profissional
Paulo Costa: Sou um fazedor de coisas. Escritor com cinco
livros publicados. Três romances, um de poesia e um manual de gestão da
comunicação pessoal. Roteirista e diretor de vídeos, comerciais, documentários, programas de TV e marketing político. Jornalista e publicitário. DJ criador do projeto RADIOLA NO
MERCADO e da RÁDIO CIRCUITO RADIOLA. Radiola no Mercado, até o surgimento da Covid,
acontecia quinzenalmente no Mercado da Encruzilhada, no Beberibe Bar.
Discotecagem anos 60, 70 e 80. Vinil e digital, ritmos diversos. Rádio Circuito
Radiola tem programação musical ousada, muito além das rádios convencional.
Acesso gratuito por este LINK.
A&D: Conta pra gente como foi o surgimentos da Radiola
no Mercado.
PC: Minha eterna inquietude me salvou mais uma vez,
impulsionada pela paixão musical. Tudo surge em plena crise econômica, em 2016.
Já desenvolvia trabalhos como DJ em bares e eventos particulares. Com a crise
fiquei quase sem trabalho em todos os segmentos que atuo. Como moro ao lado do
Mercado da Encruzilhada, adoro música e mercados públicos, tive a ideia de
discotecar dentro desses estabelecimentos. Propus a dois parceiros e assim
comecei na Reciclo Bikes, loja-oficina de bicicletas, atualmente no Beberibe
Bar. Também iniciei no Mercado da Madelena, no Canto Sertanejo. Ambos gratuitos
ao público. Remuneração vinha dos parceiros e do chapéu que passava entre as
pessoas.
A&D: Como era o seu fluxo de trabalho no Radiola no
Mercado?
PC: Quinzenalmente eu montava som e luz. O projeto Mudou a “vibe”
do lugar, atraindo público da zona sul e Olinda. Eventos com gente dentro e
fora, ouvindo e dançando.
A&D: Como foi o processo de transição do "Radiola
no Mercado" para o "Radio Circuito Radiola"?
PC: Mais uma vez a crise impulsionou minha criatividade. O Covid
impediu a continuidade da RADIOLA NO MERCADO. Por respeito ao público e para
não perder energia tão maravilhosa das pessoas, e pra não endoidar dentro de
casa, criei a RÁDIO. Acesso gratuito. O público a mantém com contribuição
financeira espontânea. Como se fosse um chapéu digital rodando pelas redes
sociais e cada pessoa dá o que pode.
A&D: Quais as estratégias que você usa para fazer seu
trabalho chegar até o seu público? Que ferramentas utiliza?
PC: Minha "euquipe" (eu sozinho) faz tudo:
roteiro, pesquisa musical, montagem e narração dos programas e marketing
digital. Sempre faço postagens buscando diferencias que atraiam as pessoas e
que sejam relevantes tentando ser o menos invasivo possível. Uso Instagram,
Facebook e Whatsapp.
A&D: Você busca feedback do seu público? Como você faz
isso?
PC: Pergunto às pessoas o que acham e também recebo textos e
vídeos de agradecimento do público, que também compartilha a rádio.
A&D: E sobre "grana"? A coisa complicou nesse
cenário onde você atua apenas no virtual?
PC: Complicou muito. Como para muita gente. A solidariedade
à Rádio Circuito Radiola tem ajudado a aliviar.
A&D: Se esse isolamento social permanecer por muito mais
tempo, você planeja algo diferente?
PC: Com certeza pensarei em algo, e já venho pensando...
A&D: Você é um cara com um potencial enorme de se
reinventar! Deixa uma mensagem para que está precisando mudar seu
empreendimento para esta nova configuração da "economia do baixo
contato"?
PC: Acredite sempre que você é mais e maior do que sempre
achou. Tudo mundo tem muitos saberes mas geralmente só usa aquele da carteira
de trabalho. Olhar com 360° pra dentro e pra fora de você é o primeiro passo
pra se reinventar. Acredite. E de um passo de cada vez, do tamanho das suas
pernas. E faça. Feito é melhor que perfeito.
Se tiver alguma dúvida ou quiser compartilhar algo com a gente, pode escrever para nosso e-mail admedialogos@gmail.com.
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Até o próximo diálogo!